Ana Paula Mill.
Uma parceria entre a Prefeitura de Marechal Floriano, a Câmara Municipal, produtores rurais – por meio da Associação de Desenvolvimento Comunitário de Boa Esperança (Adecobes) – o Sebrae e o Instituto Federal do Espírito Santo (IFES) viabilizou o projeto de construção de uma Casa de Mel, que vai beneficiar cerca de 100 produtores de Marechal.
Hoje, Marechal Floriano produz cerca de 50 toneladas de mel por ano. Quando a Casa de Mel estiver funcionando, a produção passará a ser de 100 toneladas por ano. Vai dobrar a nossa capacidade de produção”, ressaltou o prefeito Lidiney Gobbi, acrescentando que o projeto é de extrema importância, pois ajuda o produtor rural a mais uma fonte de renda.
“Outro fator interessante é que as abelhas que produzem esse mel também ajudam na polinização, o que aumenta a produção na agricultura de um modo geral”, destacou Lidiney Gobbi, que acompanha de perto todo o processo.
O secretário de Agricultura de Marechal, Ubaldino Saraiva, disse que o objetivo maior é dar apoio ao apicultor. “Já fizemos cerca de 10 reuniões para discutir a organização do setor. A Casa do Mel vai ser construída em Boa Esperança, a 15 quilômetros da sede. Esse terreno foi cedido pelo produtor Cornélio Littig, que doou a área para o município. O projeto já está pronto, e os recursos já chegaram ao município”.
O presidente da Câmara Municipal, João Cabral, também frisou que o mel vem para complementar a renda familiar de muitas famílias que já plantam café. “Isso ajuda a evitar o êxodo rural e, em muitos casos, o que era uma segunda opção de renda do produtor, já passa a ser a primeira”.
A previsão é de que a obra seja entregue aos produtores até o início do próximo ano. O Ifes contratou o Instituto de Inovação e Tecnologia Saviesa, que é o responsável pela implantação do projeto no Estado. É um investimento do Ministério da Integração Nacional, com recursos repassados para o Ifes e para o Instituto Saviesa.
“Em Marechal, o projeto Apisfrut vai equipar a Casa do Mel com maquinário e, também, equipamentos de escritório, que é o centro de inteligência do local. Ele vai estar ligado a uma rede estadual que vai viabilizar a compra de insumos, venda de produtos, acesso a novas tecnologias e pesquisas, além de outros benefícios”, afirmou a zootecnista Karina Moreira Nolasco de Carvalho, do Instituto Saviesa. O projeto todo, no Estado, envolve 30 municípios. O custo é de R$ 13 milhões.
Os irmãos Delmir e Elmar Littig são da terceira geração de uma família de apicultores. Para eles, o projeto só vai trazer benefícios. “Trabalhamos com apicultura desde a época do nosso avô, mas nunca tivemos o acompanhamento técnico. Agora, com a Casa de Mel, podemos adquirir novos conhecimentos, maquinário, buscar novos mercados, abrindo o nosso leque de opções. Podendo beneficiar o nosso produto e colocá-lo nas prateleiras de supermercados, podemos agregar muito mais valor”, disse Delmir.