segunda-feira,
07 de outubro de 2024

Comunidades de Carolina e São Roque de Maravilha celebraram padroeira do Estado em montanha de Alfredo Chaves

Nesta segunda (13), cerca de 300 pessoas subiram a pé um morro entre as comunidades de Carolina e São Roque de Maravilha, no interior de Alfredo Chaves para homenagear Nossa Senhora da Penha. A tradição é repetida há décadas todos os anos por centenas de fiéis da região, que não medem esforços para chegar a capelinha erguida há 100 anos no alto de uma montanha e que fica a cerca de 850 metros de altitude.

A igrejinha recebeu o apelido carinhoso dos fiéis de ‘Conventinho da Penha’, pois foi construída em homenagem à padroeira do Estado. O local também virou ponto turístico, apesar de só realizar uma celebração por ano, a capela é aberta diariamente para visitações.

O padre Josemar Stein foi quem presidiu a missa. “É um lugar lindo e abençoado”, disse antes de iniciar a celebração.

Devido ao feriado na Grande Vitória, diversos turistas que estavam hospedados nas pousadas da região, estenderam a diária para participar do evento. Outros costumam vir de suas cidades somente para repetir a tradição. É o caso do aposentado José Caus, 65, que mora em João Neiva, no Norte do Estado. Ele participa da peregrinação todos os anos. “Nasci aqui na comunidade e fui morar em outras cidades, mas nunca deixei de lado minhas raízes. É uma tradição herdada da minha família, aproveito ainda para rever os amigos”, disse.

Já o senhor Nercílio Braz Marotto, 49, morador de Marechal Floriano e proprietário de um sítio em São Roque de Maravilha, disse que há dez anos ininterrupto frequenta o evento. “É uma maneira de agradecer e retornar à região onde nasci. Aproveito para trazer minha família e amigos”, conta.

Construção da primeira capela

De acordo com o agricultor e proprietário da pousada Vale das Cachoeiras, Cinésio Pin, 50 anos, a capela foi edificada no começo do século passado por seu bisavô, Egistro Pinon, que veio da Itália e se hospedou na região com ajuda de moradores locais. “A primeira igrejinha era de pau-a-pique e depois de quarenta anos foi derrubada e construída outra de alvenaria que está erguida até hoje. O local começou ser bastante frequentado por moradores e turistas da região e ganhou o apelido de Conventinho da Penha”, conta.

Segundo Pin, o motivo exato da construção não se sabe, mas a família acredita que foi para professar a fé do patriarca da família e abençoar a região. No dia da festa, após a missa, todos almoçam aqui na pousada. “É uma dia de festa, que as comunidades da região param para respeitar a santa e se confraternizarem”, disse.

Para chegar ao popular ‘Conventinho da Penha’ há dois caminhos, por Carolina, pela pousadas Vale das Cachoeiras e pela comunidade de São Roque de Maravilha, de onde também se avista a capela. São cerca de 30 minutos de caminhadas em um percurso íngreme. Ao chegar ao pé da capela, o visitante deve subir 80 degraus e pode contemplar os vales e montanhas da região.

No local, este ano, foram construídos pelos moradores, banheiros com sistema de captação de água da chuva.

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