O cenário da aquicultura no Espírito Santo foi discutido durante a oficina de trabalho do Pedeag 3, realizada nessa quinta-feira (03) em Marechal Floriano. Entidades e instituições ligadas ao setor agrícola, pesquisadores e lideranças comunitárias e cooperativistas da região puderam acompanhar um panorama do setor, apresentar sugestões e discutir seus principais desafios e oportunidades.
Durante os trabalhos, os participantes responderam a questionários técnicos que servirão de base para o planejamento de ações voltadas para o desenvolvimento do setor.
“O foco do nosso planejamento é a inovação, empreendedorismo e a sustentabilidade. Vamos analisar os cenários e elaborar os diagnósticos, identificando as oportunidades e desafios, assim, estabelecendo os objetivos e as metas a serem implantados”, afirmou Octaciano Neto, secretário estadual de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag).
A abertura da oficina foi feita pelo subsecretário de Desenvolvimento Agropecuário, Marcelo Suzart, com um panorama sobre a agricultura capixaba e brasileira. Ele ressaltou a importância do Pedeag 3 para o desenvolvimento sustentável da agricultura do Estado.
A oficina
A especialista convidada para falar sobre as oportunidades e desafios da aquicultura foi a zootecnista Juliana Valle, que atua como agente de extensão em Desenvolvimento Rural nas áreas de aquicultura e pesca do Incaper. Ela apresentou informações sobre o cenário da atividade no Espírito Santo e os benefícios das ações do Pedeag na vida dos capixabas. “A aquicultura no Estado representa uma produção de cerca de 7 mil toneladas de pescado ao ano. Uma atividade que está presente em cerca de 70% das propriedades e, na maioria das vezes, é tida como uma diversidade das atividades agrícolas. Com as ações do Pedeag vamos conseguir ter uma visão ampliada da cadeia e, assim, planejar e organizar os produtores”, afirmou.
A falta de estatística fiel da atividade é apontada como um dos principais desafios do setor. Juliana ressaltou que é preciso segmentar o setor, representando as diferenças entre peixes, camarões e a maricultura.
Para o piscicultor e presidente da Cooperativa de Aquicultores Capixabas (ACA), Lúcio Alves, a falta de água e o emprego de novas técnicas na atividade dificultam o desenvolvimento aquicultura no Espírito Santo. “Uma das principais dificuldades dos aquicultores capixabas é a falta de água. Precisamos criar novas técnicas do reuso de água para podermos usar na produção e, assim, preservar e melhorar o processo”, comenta. “Com o Pedeag vamos conseguir direcionar os envolvidos e definir as prioridades e as diretrizes para melhorar o setor da aquicultura no estado”, completa Lúcio Alves.