O governador Paulo Hartung (PMDB) reuniu os prefeitos nesta sexta-feira (23) para um encontro que serviu para anunciar medidas de mitigação da crise hídrica do Estado. Mas os gestores municipais esperavam ajuda para resolver outra crise, a financeira, que se abateu na maioria das prefeituras capixabas, entre ela, da Região Serrana do Estado.
Entretanto, pelo tom que vinha sendo dado pelo governador e seus interlocutores, a expectativa não era muito grande, o que ajudou a aliviar o clima pesado do almoço. Sem grandes expectativas de que o governo fosse anunciar um pacote de socorro aos municípios, os prefeitos não ficaram surpresos quando o governador disse que genericamente vai apoia-los, na medida do possível, para que eles cheguem até o fim do mandato sem problemas. Uma afirmação um tanto subjetiva que deve ter plantado muitas dúvidas nas cabeças dos prefeitos.
De cifras mesmo, o governador falou apenas na liberação que o Estado teria conseguido de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), na ordem de R$ 70 milhões. São recursos para infraestrutura, asfaltamento e construção de barragens. Projetos que já estavam encaminhados e que foram paralisados porque aguardavam a liberação dos recursos.
O governador repetiu, porém, o discurso da falta de dinheiro no Estado, do redimensionamento do orçamento do Estado para este ano, para adequar à realidade econômica. Um discurso que afeta seu antecessor, Renato Casagrande (PSB), a quem tenta colar o rótulo de mau gestor.
O almoço serviu para apresentar o Acordo de Cooperação Técnica para atuação conjunta do governo do Estado e a Associação dos Municípios do Estado do Espírito Santo (Amunes). O objetivo é estabelecer regras para definir o melhor uso e combater o desperdício de água. O documento foi assinado em solenidade realizada no Palácio Anchieta, em Vitória.