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Policiais civis prenderam na tarde desta segunda-feira (16), um jovem de 22 anos, acusado de abusar da prima, de 11 anos, na localidade do Morro da Formiga, bairro de Vargem Alta. A ação contou com o apoio da Promotoria de Justiça e do Conselho Tutelar da cidade.
De acordo com o delegado, Vladson Bezerra, a operação, denominada ‘Vigilância’, vai acontecer até finalizar um pouco dos inquéritos da delegacia, que estão com atrasos.
“Conselho Tutelar revelou grandes números de casos assustadores e acreditamos que isso se dê pelo fato de estarem impunes. Nosso intuito é acabar com essa prática hedionda”, informou Vladson, completando ainda que o jovem foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Cachoeiro de Itapemirim.
Operação Vigilância.
Sobre a operação o delegado disse a ação vai continuar, com o objetivo de combater o estupro de vulnerável, que acontece dentro de casa, praticado por pessoas intimas em toda a localidade do município serrano.
Casos
Segundo a conselheira tutelar Alessandra Fassarella, somente neste ano, foram várias vítimas de abuso. “Os crimes acontecem em todo o território. Nossa cidade tem 21 mil habitantes e o índice desses alto está altíssimo. Acredito que os casos estejam ligados a falta de informação, famílias desestruturadas, padrastos e alcoolismo, que é muito grande em nossa cidade”, comenta.
Alessandra ressaltou que muitas vítimas não denunciam. “As mulheres têm muitos filhos e, geralmente, dependem do dinheiro do companheiro, então acabam aceitando a situação. Ou, às vezes, não denunciam por medo das ameaças. Fazemos palestras nas escolas e fazemos o acompanhamento das famílias. Não é um trabalho fácil, pois é um crime difícil de coibir”, continua a conselheira.
As crianças são as que mais sofrem. “Já tivemos criança acompanhada que aos seis anos parou de falar por causa da violência sofrida em casa. Sempre pedimos as professoras para acompanhar o comportamento das crianças em sala de aula Muitas ficam reservadas em seu canto, falam pouco e não participam de atividades. Somos acionados e fazemos o acompanhamento junto às famílias”, completa.