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Redação/Notícia Capixaba
A segunda fase da “Operação Depuração” deflagrada pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça de Vargem Alta, requereu – e a Justiça deferiu na última sexta-feira (02), a conversão das prisões temporárias dos investigados em prisões preventivas.
Segundo a nota 2 do MPES, as investigações incluiu novos elementos, surgidos no interrogatório de suspeitos e testemunhas, que apontaram a participação dos investigados em atos de fraude processual, supressão de documentos e aliciamento de testemunha.
Ainda segundo a nota 2, na quinta-feira (01) foram cumpridos mais três mandados de busca e apreensão. Entretanto, nada foi apreendido. O motivo do insucesso informou o MP, foi que segundo uma testemunha que se apresentou espontaneamente na Promotoria de Justiça de Vargem Alta, foi à eliminação de provas praticada por uma funcionária da empresa H. C. A.
De acordo com o depoimento oficial, a suspeita ingressou no escritório alvo do mandado momentos antes da medida ser cumprida, rasgou documentos, guardou-os na bolsa e deixou o local em seguida.
A Operação Depuração, segundo o MP, busca esclarecer e aprofundar investigações relacionadas a crimes e irregularidades da gestão da pasta anterior da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Vargem Alta. As investigações mostram que servidores públicos utilizaram os cargos para atender a interesses privados, apropriando-se de valores públicos relativos a taxas de licenciamento ambiental.
Foram cumpridos, com o apoio da Polícia Militar e Polícia Civil, sete mandados de busca e apreensão; dois de prisão preventiva, de Altair Franco de Moraes e Maria Aparecida da Silva; e três de prisão temporária, de Robson de Oliveira Cleto, Bruno Onhas Pereira e Aldy Antônio Pizetta Júnior.
Os envolvidos responderão ainda por associação criminosa, peculato e advocacia administrativa. Além do afastamento do secretário de Administração, o MPES também pediu a indisponibilidade dos bens de todos os envolvidos.
A Prefeitura de Vargem Alta através de nota informou que uma auditoria interna foi aberta para revisar todos os processos da Secretaria de Meio Ambiente e que está seguindo todas as orientações do Ministério Público Estadual.