domingo,
14 de dezembro de 2025

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Moradores convivem com riscos e promessas após um ano de deslizamento em Marechal Floriano

Eduardo Antunes/Notícia Capixaba.

“Quando chove minha família não consegue dormir’, lamenta proprietária da casa que teve parede destruída”.

Após um ano do deslizamento que quase vitimou uma família, na Rua Laura Littig Kuster, nas adjacências do
Centro de Marechal Floriano, moradores convivem com o perigo e a incerteza de ações do poder público para realizar a drenagem na encosta – que está em área particular.

O agente de passagens Anthony Assis (19) conta que por volta de uma hora da manhã ouviu um barulho muito forte e tremor na residência. No mesmo momento saiu rapidamente com a mãe, a irmã e o cunhado para a rua. O deslizamento afetou o andar de baixo do prédio em que morava.

A proprietária do imóvel, a educadora Gracilda Trocate, lembra que as noites já não são as mesmas. Sua família não consegue dormir quando chove com medo que uma tragédia possa acontecer. Ela afirma que alguns políticos da cidade prometeram solucionar o problema da água que desce da parte de cima do morro e poder voltar a utilizar a casa para sua filha morar.

Os moradores são unidos e solidários com a situação, Gracilda lembra que sempre contou com o apoio dos vizinhos nas horas mais difíceis e também para a limpeza de uma vala aberta por eles que diminui o risco de deslizamentos.

O motorista Osmar Uhl é um dos moradores que luta por melhorias no local. Ele ajuda a monitorar e fazer a manutenção do escoamento improvisado. Mazinho, como é conhecido, faz as mesmas reclamações sobre promessas.

Os moradores se prontificaram até a ajudar com mão de obra se a prefeitura doasse o material, mas ainda nada aconteceu, lembra o motorista. Segundo ele, a Secretaria de Obras mandou uma equipe para limpar a vala, mas precisa de aumentar a inclinação para diminuir a infiltração do solo. “O Fábio Stein (da Defesa Civil) é quem sempre está aqui visitando a encosta e me liga para alertar os vizinhos quando há previsão de chuva mais forte”, finalizou.

Secretário se propõe a realizar serviços.

Com o entrave de ser propriedade particular, o secretário de Obras e Serviços Luis Magno Faria explicou que deve ser feito um serviço de drenagem que leve as águas pluviais até o córrego e para isso tem que atravessar mais de um terreno. Magno afirmou que se apenas forem colocadas manilhas em forma de calha até a escadaria, pode ocorrer mais estragos nas residências que estão na rota de descida das águas pela maior quantidade e velocidade – podendo destruir muros e mais paredes dessas moradias.

O secretário afirmou já ter realizado um estudo para realizar a obra, dentro da legalidade, no próximo ano e se comprometeu de reenviar uma equipe para melhorar a profundidade da vala e lembrou que periodicamente manda funcionários para fazer a limpeza no local.

Luis Magno fez menção ao problema de novembro de 2013 quando um morador fez uma outra vala que direcionava para essa principal toda água de sua residência, que desencadeou no deslizamento. “foi preciso acioná-lo juridicamente e até por via policial que colocava em risco a vida dos vizinhos”, concluiu Magno.

 

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