segunda-feira,
16 de junho de 2025

Saúde

Automedicação: a decisão que parece inofensiva, mas põe vidas em risco

Redação

Tomar remédio sem prescrição médica, interromper o tratamento antes do prazo ou seguir orientações informais da internet. Estas atitudes, ainda comuns, estão entre os principais fatores que contribuem para um problema de saúde pública crescente: a resistência microbiana.

Especialistas alertam para os riscos associados ao uso indiscriminado de medicamentos, especialmente antibióticos.

Comemorado em 5 de maio, o Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos foi criado para alertar a população sobre os riscos do consumo indiscriminado de remédios e incentivar práticas mais conscientes. A data, que vem ganhando força entre profissionais da saúde e instituições, reforça a urgência de combater a automedicação e o uso incorreto de antibióticos — atitudes que colocam em risco não apenas a saúde individual, mas também a segurança sanitária coletiva, ao favorecer o surgimento de microrganismos resistentes aos tratamentos disponíveis.

“A resistência microbiana acontece quando microrganismos como bactérias e vírus se tornam resistentes aos medicamentos que deveriam combatê-los. É um cenário perigoso, pois transforma infecções simples em ameaças reais à vida”, explica Rogério Campos, Superintendente da Select.

Remédio errado, consequência certa

O uso inadequado de antibióticos — como o consumo sem receita ou a interrupção precoce do tratamento — contribui diretamente para o surgimento de cepas mais resistentes, que tornam os tratamentos menos eficazes. Segundo Campos, o problema ultrapassa os limites individuais. “Quando alguém se automedica ou usa um remédio antigo por conta própria, está contribuindo para um risco coletivo. A saúde é uma responsabilidade compartilhada”, afirma.

A Organização Mundial da Saúde já classificou a resistência antimicrobiana como uma das dez maiores ameaças à saúde global. Para evitar o agravamento do problema, a Select orienta medidas simples, porém fundamentais: utilizar medicamentos apenas com prescrição, seguir o tratamento completo conforme a recomendação médica e nunca compartilhar ou reaproveitar medicamentos.

“A melhor forma de cuidar da saúde é com informação e responsabilidade. O uso consciente dos medicamentos preserva sua eficácia e protege a todos nós”, conclui o profissional.

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