terça-feira,
01 de julho de 2025

Educação

Escola Agostinho Agrizzi, em Jaciguá realiza projeto de inclusão e acessibilidade no ensino de Ciências

Redação

A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Agostinho Agrizzi, localizada em Vargem Alta, no distrito de Jaciguá, desenvolveu, no mês de junho, o projeto interdisciplinar “Célula Tátil: Conhecendo a Vida com as Mãos”. A iniciativa teve como foco a inclusão de uma estudante com baixa visão progressiva, promovendo a acessibilidade ao conteúdo de Ciências.

O projeto foi coordenado pelo professor Iago Valentim de Oliveira, de Ciências e Práticas de Ciências, com a colaboração das professoras Delcilene Ronchi de Almeida Lopes e Ednai Bispo dos Santos, do Atendimento Educacional Especializado (AEE).

A atividade contou com a participação dos estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental, que construíram células utilizando massinha de modelar, EVA e materiais recicláveis. O processo teve início com conversas e reflexões sobre inclusão, respeito e deficiência visual. Os alunos discutiram a importância do sistema Braille e como o tato é essencial para a aprendizagem de pessoas cegas ou com baixa visão.

A ação teve como objetivo desenvolver a aprendizagem de forma acessível e significativa sobre a estrutura da célula, promover a inclusão sensível e efetiva da estudante com baixa visão, trabalhar o conteúdo curricular com uma abordagem tátil e colaborativa, além de incentivar a empatia e o respeito às diferenças.

Os estudantes demonstraram uma compreensão mais concreta sobre o conteúdo, além de maior envolvimento e cooperação. A estudante com baixa visão pôde identificar as organelas com as mãos e participar de forma ativa da atividade, fortalecendo sua autonomia.

“O projeto nasceu da necessidade de tornar os conteúdos de Ciências acessíveis para a nossa estudante com baixa visão, mas o impacto foi muito além. Começamos refletindo sobre o que é viver com baixa visão, sobre o Braille, sobre o direito de aprender com dignidade. A inclusão não foi um detalhe: foi o ponto de partida. A partir disso, construímos células táteis, que todos podiam sentir e compreender com as mãos. E foi nesse processo que a sala se transformou. Respeitar o outro, colaborar, aprender de forma sensível e coletiva… tudo isso se tornou parte da rotina. Foi uma das experiências mais emocionantes que já vivi em sala de aula. Porque ali todo mundo aprendeu um pouco mais sobre empatia, ciência e humanidade”, destacou o professor Iago Valentim de Oliveira.

A professora Delcilene Ronchi de Almeida Lopes também comentou a importância da ação: “Esse projeto foi de grande importância para que os estudantes pudessem compreender a importância da inclusão em sala de aula.”

“Foi uma experiência significativa de aprendizado. Nesse projeto, a estudante teve a oportunidade de aprender junto com os demais colegas, de maneira

concreta e tátil. Foi de suma importância a interação e a quebra de paradigmas sobre alguns pré-conceitos, julgar sem ter conhecimento. A complementação desse trabalho foi realizada no Atendimento Educacional Especializado (AEE), com pesquisas, atividades adaptadas em braile relacionadas às células. Tudo desenvolvido com muito amor e responsabilidade porque incluir com amor transforma vidas”, ressaltou a professora Ednai Bispo dos Santos.

“Achei o projeto bom. Vocês puderam me incluir nas atividades! Acabou por reunir alguns estudantes que acabavam zoando da minha deficiência e agora, com isso, espero que eles possam compreender e parar com essas brincadeiras de mal gosto”, destacou Isabella Rangel Silva, estudante com deficiência visual.

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