sábado,
08 de novembro de 2025

Geral

Maria Pipoqueira de Alfredo Chaves, vem sendo exemplo de perseverança

Mãe de 11 filhos e avó de 54 netos e bisnetos, dona Maria Silva Brandy, 72 anos, a popular Maria Pipoqueira, é sinônimo de perseverança e luta. A alfredense começou a trabalhar aos sete anos como babá, casou-se bem nova e sustentou toda a sua família trabalhando dia e noite, após a morte do marido. Foi a primeira pipoqueira do município e continua no posto até os dias de hoje.

Sempre determinada, Dona Maria contou sua vida para a equipe da Secretaria Municipal de Comunicação Social. De acordo com ela, com apenas 16 anos se casou e aos 17 teve o seu primeiro filho. A vida naquela época, segundo ela, era muito difícil e as coisas pioraram após o assassinato do seu marido.

“Fiquei sozinha com 08 filhos para criar. Tive que trabalhar sem parar para sustentá-los, naquela época não tinha ajuda do governo e nem creche, era apenas eu, Deus e meus filhos”, disse. Maria descreveu que a casa onde morava era de pau-a-pique e coberta com palha, não tinha água encanada e lavar roupas somente na beira do rio. “Hoje temos conforto, antigamente só ajuda de Deus”, rememora.

Para aumentar a renda familiar, Maria, além de trabalhar em lavouras da região durante o dia, começou a produzir cocada e salgados durante a noite e vender em festas e em porta em porta na cidade. “A pipoca veio depois. Comecei com doces e salgados e depois adquiri o carrinho de pipocas que tenho até hoje e me ajudou muito”. E, conforme ela, esse carrinho já tem 42 anos e continua ativo, fabricando pipocas e vendendo nas festas da cidade.

“Falo com meus filhos que eu sou a mãe deles, mas quem ajudou a criá-los foi o carrinho de pipocas”, brinca. De acordo com a famosa pipoqueira, ela vendia a pipoca e outros produtos nas festas da cidade e do interior durante os finais de semana. “Dormia nas festas mesmo, levava meus filhos e os colocava perto de mim em uma esteira”, relembra.

Maria relatou mais sobre a sua história: “depois de cinco anos viúva, me casei novamente e tive mais três filhos. Fiquei algum tempo com meu segundo marido, mas não deu certo e continuei só com meus filhos, criando minha família”, contou.

Hoje Dona Maria Pipoqueira é aposentada, mas continua vendendo sua pipoca no mesmo carrinho de sempre nas festas do município, além de vender cocada nos comércios da cidade. “Criei meus filhos e construí minha casa graças a venda de pipocas. Nunca tive luxo, o dinheiro que fazia era para pagar as despesas do mês. Minha vida sempre foi trabalhar”, conta emocionada.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site, e nos reservamos o direito de excluir. Não serão aceitos comentários que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal / familiar a qualquer pessoa.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Confira mais Notícias

Geral

Cultura italiana: Família Bravim mantém viva a tradição centenária do carrapito na Região Serrana

Geral

‘Na saúde e na doença’: Casal comemora 65 anos de casamento em Hospital no ES; veja vídeo

Geral

Referência em Vargem Alta, laboratório Biologic comemora 23 anos com campanha especial do Novembro Azul

Geral

Vereador vai pedir CPI para investigar desvio bilionário da OS ‘Mahatma Gandhi’ em Alfredo Chaves

Geral

Governo do Espírito Santo aciona plano de contingência após operação no Rio de Janeiro

Geral

Espírito Santo e Minas Gerais se aproximam por investimento ferroviário

Geral

Ao lado do prefeito Toninho Bitencourt, Casagrande inaugura obras de infraestrutura e anuncia novos investimentos em Marataízes

Geral

CPMI do INSS: prestador de serviços diz que abriu empresas para atender a Conafer