sábado,
13 de dezembro de 2025

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Municípios fazem estudo para controlar prejuízos causados pelas capivaras às plantações

Ana Paula Mill.

Cerca de 40 pessoas participaram da segunda reunião para tratar dos problemas causados pelas capivaras, que vêem devastando lavouras em vários municípios do Estado. O encontro aconteceu na manhã desta terça-feira (26), no Centro de Agronegócios, em Santa Maria de Marechal Floriano.

Preocupados com os danos causados aos produtores, representantes de Marechal Floriano, Domingos Martins, Vargem Alta, Anchieta, Iconha, Guarapari, Alfredo Chaves, Venda Nova e Jerônimo Monteiro se reuniram com representantes do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf).

Cada município vai produzir um relatório com um diagnóstico da situação das capivaras, dos danos e dos prejuízos causados aos produtores. Esse relatório será encaminhado aos escritórios do Incaper, que juntar os dados e desenvolver um estudo junto a institutos de pesquisa e universidades.

O objetivo é chegar a uma maneira de combater os animais sem transgredir as leis de crimes ambientais e sem causar danos ao meio ambiente.

“Os municípios vão fazer um relatório detalhado, com o diagnóstico da situação em cada um deles. Com esse diagnóstico em mãos, vamos contatar os institutos de pesquisa e universidades, para construir um documento oficial e, com base nele, podermos tomar as medidas legais para solucionar o problema, ressaltou Ubaldino Saraiva, secretário de Agricultura de Marechal Floriano.

O prefeito de Venda Nova do Imigrante e presidente da Associação dos Municípios do Estado do Espírito Santo (Amunes), Dalton Perim, frisou que as capivaras são um grande problema para os agricultores de Venda Nova e que é necessário um estudo urgente e ações rápidas para tratar do problema.

O prefeito de Marechal Floriano e diretor da Amunes, Lidiney Gobbi, lembrou que o trabalho desse grupo vai continuar. “Essa ação preventiva vai ter continuidade com os relatórios que serão produzidos pelos municípios. Com isso, serão apontadas soluções legais para resolver o problema.”

Para o agricultor Cristiano Delpuppo, os prejuízos já são muito grandes. “Na minha propriedade, a capivara está sendo uma praga. A gente cultivava feijão, milho e aipim. Depois, a banana da terra. À medida que as bananas começaram a crescer, as capivaras foram comendo tudo. A gente não pode plantar mais nada. Decidimos plantar jiló. Elas não comeram, mas passavam no meio da lavoura e quebravam os galhos, destruindo tudo. Eu gostaria muito de uma solução. Estamos deixando de produzir. E a gente vive disso. Tem terras que estão paradas, e faz pena. Mas não conseguimos plantar mais nada.”

 

 

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