No próximo dia 12 de outubro, a prefeitura de Cachoeiro organizará um evento especial para celebrar os 115 anos da antiga estação de trem da cidade, espaço que abriga, hoje, o Museu Ferroviário Domingos Lage, mantido pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Semcult).
A programação terá início às 18h e inclui a exibição do filme “O Último Trem do Bairro Guandu” e a entrega do certificado “Amigos do Museu Ferroviário Domingos Lage”, que será concedido a cerca de 80 pessoas, dentre ex-ferroviários, familiares e outros homenageados. A entrada é gratuita.
“Será um momento de reverência à importância histórica, econômica e cultural que a antiga estação e a ferrovia tiveram para o desenvolvimento não apenas de Cachoeiro, mas de toda a nossa região”, explica Fernanda Martins, secretária municipal de Cultura e Turismo.
Mostra de cinema
O evento comemorativo aos 115 anos da antiga estação acontecerá junto à primeira edição da mostra de cinema “Pare, Olhe e Escute”, agendada no mesmo local, para os dias 12 e 13, e ali promovida por meio de projeto contemplado pela Lei Rubem Braga, de incentivo à produção cultural em Cachoeiro.
Filmes de curta e longa-metragem de oito estados brasileiros participarão da mostra competitiva. O público também poderá participar de oficina de cinema, bate-papo, mesa-redonda, lançamento de livros de autores capixabas e sessões especiais (programação abaixo).
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Melhorias – Foto: PMCI/Secom |
Equipes da Secretaria Municipal de Obras (Semo) vêm realizando melhorias na estrutura física da antiga estação, como repintura nas partes interna e externa do prédio e reparos no banheiro, além da limpeza do forro, já concluída, que foi feita com apoio de funcionários da Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ). Os serviços serão finalizados nos próximos dias.
História
Localizada na área central da cidade, no bairro Guandu, a estação mantém as principais características originais da construção. Sua inauguração figurou entre os investimentos estruturantes para o desenvolvimento da economia dos primeiros anos do século passado, permitindo viagens e o escoamento da produção. Atendeu, durante décadas, a linha que ligava Vitória ao Rio de Janeiro.
Funcionou até o ano de 1992, quando foram retirados os trilhos do centro da cidade. O município tombou o prédio como patrimônio histórico em 2003, e o transformou em museu em 2007. Hoje, conta com um acervo permanente, com fotografias, documentos, móveis e um torno que era utilizado para construir peças de reposição da linha férrea e das locomotivas. O espaço também é usado para atividades culturais.
Confira a programação da mostra “Pare, Olhe e Escute”
Dia 12 (sexta-feira)
10h às 13h – Oficina de roteiro para cinema, com os cineastas Paulo Sena e Emerson Evêncio
14h30 – Mostra competitiva de curtas-metragens
“Painho e o trem”, de Mery Lemos, PE
“A bordo”, de Davi Mello, SP
“Paralelas de aço”, de Rechid Waqued, MS
16h – Vagão Literário
Leitura e conversa sobre Guimarães Rosa e Rubem Braga, com Beatriz Fraga, especialista em Literatura e Mestre em Educação, e Maria Elvira Tavares Costa, contadora de história.
Após o bate-papo, lançamento dos livros “Outro Sertão”, de Paulo Sena; “Os incontestáveis” e “Ponto morto”, de Saulo Ribeiro.
18h – Solenidade de Comemoração dos 115 anos da Estação Ferroviária
19h – Mostra competitiva de curtas-metragens
“Lindeiras”, de Bruno Saphira, BA
“Contos Ferroviários”, de Everton V. de Souza, MG
“Pare, olhe, escute”, de Carlos Augusto e Zé, RJ
“120 segundos”, de Rafael Cruz, Holanda
“Não me deixe aqui sozinha”, de Marcoz Gomez, ES
20h30 – Mostra Longa – filme “Viola Perpétua”, de Mário de Almeida
Dia 13 (sábado)
9h as 12h – Oficina de roteiro para cinema, com os cineastas Paulo Sena e Emerson Evêncio
14h – Sessão “Túnel do tempo” – Mostra de vídeos sobre a antiga estação de trem de Cachoeiro, com a presença de ex-ferroviários.
Conversa sobre a Ferrovia Vitória X Rio, com Rogelio Pegoretti Caetano Monteiro, secretário de Fazenda de Cachoeiro
15h30 – Mesa-redonda “Mídia e poder”, com Franciani Bernardes, doutora em Ciências da Comunicação, fazendo uma análise sobre o poder da mídia na conjuntura atual
17h – Sessão “Luz” – Exibição do curta-metragem “Divina Luz”, de Ricardo Sá, filme sobre a ilustre cachoeirense Luz Del Fuego. Após a exibição, bate-papo com Monica Nitz, produtora do filme
19h – Mostra competitiva de curtas-metragens
“O trem do amor”, de Vanda Berger, ES
“Sobre dormentes, estamos acordadas”, de Facção Feminista Cineclube, RJ
“A luta”, de Bruno Bennec, MG
“Larfiagem”, de Gabi Bressola, SC
“Estranha criatura”, de Rosângela Iglesias Pereira, MG
“Camelôs”, de Milena Manfredini, RJ
20h – Mostra Longa – filme "O filme da minha vida”, de Selton Mello
22h – Premiação – os melhores filmes da mostra competitiva receberão o troféu Luz