quinta-feira,
06 de fevereiro de 2025

Saúde

Estudo faz mapeamento do coronavírus comparando com a taxa de mortalidade de doenças respiratórias em geral

Foto: Portal Notícia Capixaba

 

Redação

 

InterAmerican Journal of Medicine and Health, publicada pela Faculdade São Leopoldo Mandic, traz em sua mais recente edição o estudo “Covid-19 em contexto: comparação com a mortalidade mensal por causas respiratórias nos estados brasileiros”, com as séries temporais de mortes causadas por doenças respiratórias entre 2014 e 2018.

 

Uma das propostas do artigo para mapear as consequências do coronavírus (Covid-19) no Brasil é calcular o que seria considerado o excesso de mortes a cada mês do ano em relação ao que seria esperado, tendo como base o número de mortalidade em anos anteriores em decorrência de doenças respiratórias. A alternativa é uma das soluções, especialmente nos locais onde não é possível realizar os testes necessários para comprovar o diagnóstico de cada caso de coronavírus.

 

O estudo mostra que a sazonalidade no Brasil é diferente em cada região e que o maior número de óbitos por causas respiratórias, entre 2014 a 2018, ocorreu no outono e no inverno. Entre os resultados observados, o artigo traz que o número de óbitos por conta do coronavírus, em março, representou 1,69% da média de óbitos por problemas respiratórios no Brasil, quando comparado ao mesmo mês de anos anteriores. Já na primeira quinzena de abril, esta proporção sobe para cerca de 24%, com o estado do Amazonas apresentando o quadro mais grave, com o registro de 103 mortes, o que acrescentaria 151% à média de anos anteriores.

 

A segunda maior proporção de mortes por Covid 19 em relação à média de óbitos respiratórios típicos é observada no Amapá (53,85%), seguida de Roraima (46,15%), Pernambuco (39,8%), São Paulo (39,2%), Rio de Janeiro (36,3%), Ceará (29,5%) e Distrito Federal (28,3%). Nos demais estados essa proporção é menor que 20%.

 

O artigo ainda destaca um comparativo dos efeitos da pandemia de influenza H1N1pdm09, que, no Brasil, causou um excesso total de 2.787 mortes respiratórias em 2009, das quais mais de 90% ocorreram nos meses de maio (início da pandemia), junho, julho e agosto.

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