sexta-feira,
09 de maio de 2025

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Mortes de dois soldados repercutem na Ales, e Assumção diz que os policiais perderam a vida devido à falta de segurança pública e de controle do sistema prisional

Redação

 

A repercussão sobre as mortes de dois soldados PM, Bruno Mayer Ferrani, de 31 anos, e Paulo Eduardo de Oliveira Celini, de 29, alvejados a tiros por bandidos em Cariacica na madrugada de domingo (16), dominou praticamente todos os discursos na sessão ordinária desta segunda (17). 

 

Eles foram assassinados ao atender uma ocorrência relativa a assalto contra uma família que ficou exposta à violência após o veículo em que transitava furar o pneu na Rodovia Leste-Oeste. Os dois policiais, dentro de uma viatura, perseguiram dois casais envolvidos no assalto, que fugiram no carro usado para a prática do roubo.  

 

Após algum tempo de perseguição, um dos casais saiu do veículo em fuga e se escondeu atrás de um caminhão que estava num terreno. Os PMs foram no encalço mas acabaram surpreendidos pelos disparos fatais desferidos por Eduardo Bomfim (fugitivo do sistema carcerário) e Érica Lopes, que confessaram a autoria, após serem presos em um motel, poucas horas depois. 

 

A outra dupla – Eric da Silva e a namorada Luana Jesus –, também presa em poucas horas por PMs colegas de Paulo e Bruno, confessou coparticipação no assalto.  

 

Debate 

 

Os deputados da oposição, Capitão Assumção (PL), Torino Marques (PTB), Carlos Von (DC), Delegado Danilo Bahiense (PL) e também Doutor Hércules (Patri) responsabilizaram o governador pelo estado de insegurança. 

 

Assumção disse que os policiais perderam a vida devido à falta de segurança pública e de controle do sistema prisional. Ele apontou também como consequência de falta de uma política de segurança consistente do governo a fuga de Eduardo Bonfim, que estava preso no sistema carcerário desde 2016 devido à prática de homicídio qualificado. 

 

Danilo Bahiense citou que faltariam investimentos no aumento de efetivos policiais e aparelhamento das polícias. O deputado citou a vida pregressa de Bonfim, com vários crimes, e ainda defendeu uma reforma no Código Penal para acabar com dispositivos que permitem saídas temporárias de presos do sistema carcerário e considerou urgente a necessidade de redução da maioridade penal. 

 

Doutor Hércules argumentou que não adiantava a oposição parabenizar a PM capixaba por ter prendido de forma rápida os envolvidos nas mortes de Bruno e Paulo e no assalto contra a família na Rodovia Leste-Oeste. Para ele, uma política de segurança eficiente traria menores números de assassinatos e assaltos. 

 

Reação 

 

Coube aos deputados pessebistas Dary Pagung, que é líder do governo, Janete de Sá, Bruno Lamas e Freitas, que compõem a base da situação, fazer a defesa do governador diante das críticas. 

 

A deputada Janete de Sá se solidarizou com as famílias dos PMs mortos e parabenizou a Polícia Militar pela eficiência na prisão dos criminosos. Ela disse ainda que o problema da criminalidade é um desafio para os governantes de todos os estados e também para o governo federal. 

 

Freitas argumentou que a violência como um todo envolve vários aspectos e motivações e, muitas vezes, ela acontece dentro de casa. Para ele, o governador não tem como evitar, por exemplo, homicídios e estupros ocorridos no interior das residências. O deputado disse que concordava com parte das críticas feitas por Danilo Bahiense, que o antecedeu na tribuna, no ponto em que ele defendia a reforma do Código Penal, mas não em culpar o chefe do Executivo pela violência em geral. 

 

Para Freitas, a violência é um fenômeno que precisa ser combatido de forma integrada em todo o país e com leis mais duras contra os criminosos, chegando a defender pena perpétua para crimes hediondos. 

 

Bruno Lamas apontou que infelizmente fatos como as mortes dos PMs Bruno e Paulo acontecem e que seriam legítimas cobranças da oposição por mais ações em benefício dos profissionais de segurança pública, mas discordou das críticas ao governador.  

 

Minuto de silêncio 

 

Houve durante a sessão minuto de silêncio em homenagem à memória dos policiais mortos. Também manifestaram solidariedade aos familiares e amigos de Paulo e Bruno os seguintes deputados: Marcelo Santos (Podemos), Iriny Lopes (PT), Luciano Machado (PSB), Sergio Majeski (PSDB) e Theodorico Ferraço (PP). 

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