domingo,
19 de outubro de 2025

Geral

MPF questiona condições para renovação antecipada de concessão da Ferrovia Vitória-Minas

Procuradoria pediu à Justiça para que seja incluída como parte autora da ação proposta pelo Governo do Espírito Santo – Foto de uma passagem de nível em uma ferrovia, mostrando o cruzamento de linhas férreas. Imagem ilustrativa (Pixabay.com)

 

O Ministério Público Federal no Espírito Santo requereu à Justiça sua inclusão no polo ativo da ação civil pública que foi ajuizada pelo governo capixaba a fim de suspender a renovação antecipada da concessão da Ferrovia Vitória-Minas para a Vale. Com a inclusão, o MPF passaria a ser parte no processo, como autor da ação, a qual visa garantir que os investimentos da Vale – como contrapartida à concessão – sejam realizados no próprio Espírito Santo, e não no Centro-Oeste.As informações são do MPF/Secom.

 

O procurador da República Carlos Vinicius Cabeleira, autor do pedido, diz que a renovação antecipada viola a Constituição Federal e a Lei 13.448/2017. “A União praticou duas flagrantes ilegalidades no procedimento administrativo de instrução da prorrogação antecipada da concessão da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM): condicionar a prorrogação à construção da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), objeto completamente independente da concessão original; e fazer a concessão da ferrovia no Centro-Oeste para a Vale sem licitação na modalidade concorrência”, ressalta Cabeleira.

 

Impasse – Tudo começou porque, no início de julho, o Governo Federal anunciou a construção de um trecho de 383 quilômetros da ferrovia entre os municípios de Campinorte, em Goiás e Água Boa, em Mato Grosso, para atender ao agronegócio. Anunciou, também, que a Vale foi a empresa escolhida para realizar as obras, com investimentos girando em torno de R$ 4 bilhões. Em contrapartida, a mineradora receberia a renovação automática das concessões da Ferrovia Vitória-Minas, entre Vitória e Belo Horizonte, e da Estrada de Ferro Carajás, que passa pelos estados do Maranhão e do Pará.

 

Para o MPF, não existe a menor possibilidade jurídica de se considerar que a prorrogação antecipada da concessão possa ser feita mediante a realização de investimentos na construção de uma nova ferrovia, em outra região do país. Sendo assim, por ratificar todos os pedidos do Governo do ES na ação,o MPF requereu à Justiça ser parte no processo, como autor da ação.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site, e nos reservamos o direito de excluir. Não serão aceitos comentários que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal / familiar a qualquer pessoa.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Confira mais Notícias

Geral

Ao lado do prefeito Toninho Bitencourt, Casagrande inaugura obras de infraestrutura e anuncia novos investimentos em Marataízes

Geral

CPMI do INSS: prestador de serviços diz que abriu empresas para atender a Conafer

Geral

Caminhoneiro foge após colidir em moto e acaba preso em Vargem Alta

Geral

Prefeitos de Marechal, Alfredo Chaves e Vargem Alta se reúnem com vice-governador para tratarem do asfaltamento da Rota Vale do Inhame

Geral

Decretada nova prisão preventiva de servidor público da Câmara de Rio Novo do Sul denunciado pelo MPES

Geral

Marechal Floriano é destaque no ‘Índice de Transparência e Governança Pública’

Geral

ES inicia processo para compra emergencial do antídoto do metanol

Geral

Senado aprova texto e imposto sobre herança pode dobrar no ES em 2026