sexta-feira,
19 de setembro de 2025

Saúde

Primeiro contágio pela dengue não garante imunidade aos quatro sorotipos da doença

Foto: Sesa

 

Redação

 

A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e possui quatro sorotipos distintos. Entretanto, ao contrário do que muitos imaginam, o contágio não garante a imunização permanente para todos os tipos da doença e os sintomas podem se agravar nas infecções subsequentes.

 

O chefe do Núcleo Especial de Vigilância Ambiental, Roberto Laperriere Júnior, explicou que quando o indivíduo contrai a doença pela primeira vez ele fica definitivamente imune àquele sorotipo. Roberto explica também sobre a imunidade transitória. “Quando a doença é contraída pela primeira vez, há uma imunização permanente para aquele determinado sorotipo. Já a imunidade transitória é aquela que permite ao indivíduo a imunidade a todos os sorotipos, no período entre quatro a seis meses”, informou.

 

O profissional alerta que é preciso estar atento a possíveis novos contágios, uma vez que a cada nova contaminação o paciente está suscetível à doença de forma mais crítica, apresentando sinais de agravamento, como dores abdominais mais concentradas, náuseas, vômitos, sangramentos graves, plaquetopenia, extravasamento plasmático, hipotensão, choque hipovolêmico, podendo levar à morte.

 

Veja aqui o 30º boletim da dengue.

Veja aqui o 30º boletim de zika. 

Veja aqui o 30º boletim chikungunya. 

 

Por que existem quatro sorotipos?

 

O vírus da dengue é um arbovírus da família Flaviviridae, possuindo quatro sorotipos diferentes: DENV-1; DENV-2; DENV-3 e DENV-4. Eles são diferenciados pela formação genética e molecular.

 

Roberto Laperriere Júnior informou ainda que o vírus passa pelas mutações para se adaptar ao ambiente e buscar hospedeiros. “Com a criação de imunidade ao vírus por parte do organismo dos seres humanos, o vírus acaba passando por mutações para se manter viável o tempo inteiro no ambiente e continuar com os hospedeiros”, disse.

 

Como prevenir

 

Para evitar a proliferação do Aedes aegypti, é necessário que cada cidadão se empenhe nesse processo, mantendo as calhas sempre limpas; as caixas d’água bem vedadas; verificando se não existe água acumulada nas lajes; escovando as bordas das vasilhas de água e comida de animais; descartando lixos, entulhos e pneus nos locais adequados, por exemplo.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site, e nos reservamos o direito de excluir. Não serão aceitos comentários que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal / familiar a qualquer pessoa.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Confira mais Notícias

Saúde

ES se mantém no ranking nacional de cobertura vacinal da gripe

Saúde

ES registra mais de 24 mil casos e primeira morte por dengue em 2025

Saúde

ES lidera no Brasil tratamento de AVC com menor taxa de mortalidade no SUS

Saúde

Aumento de infecções por rinovírus nas últimas semanas acende alerta no ES

Saúde

Hemoes registra baixa nos estoques de sangue em sua rede no Espírito Santo e pede ajuda à população

Saúde

Saúde inicia envio de SMS para pessoas com 60 anos ou mais que ainda não se vacinaram contra a gripe no ES

Saúde

Cardiopatia congênita: conheça a malformação que afeta 29 mil crianças por ano

Saúde

Doador Voluntário de Sangue: um gesto de amor que salva vidas