quinta-feira,
13 de fevereiro de 2025

Saúde

Primeiro contágio pela dengue não garante imunidade aos quatro sorotipos da doença

Foto: Sesa

 

Redação

 

A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e possui quatro sorotipos distintos. Entretanto, ao contrário do que muitos imaginam, o contágio não garante a imunização permanente para todos os tipos da doença e os sintomas podem se agravar nas infecções subsequentes.

 

O chefe do Núcleo Especial de Vigilância Ambiental, Roberto Laperriere Júnior, explicou que quando o indivíduo contrai a doença pela primeira vez ele fica definitivamente imune àquele sorotipo. Roberto explica também sobre a imunidade transitória. “Quando a doença é contraída pela primeira vez, há uma imunização permanente para aquele determinado sorotipo. Já a imunidade transitória é aquela que permite ao indivíduo a imunidade a todos os sorotipos, no período entre quatro a seis meses”, informou.

 

O profissional alerta que é preciso estar atento a possíveis novos contágios, uma vez que a cada nova contaminação o paciente está suscetível à doença de forma mais crítica, apresentando sinais de agravamento, como dores abdominais mais concentradas, náuseas, vômitos, sangramentos graves, plaquetopenia, extravasamento plasmático, hipotensão, choque hipovolêmico, podendo levar à morte.

 

Veja aqui o 30º boletim da dengue.

Veja aqui o 30º boletim de zika. 

Veja aqui o 30º boletim chikungunya. 

 

Por que existem quatro sorotipos?

 

O vírus da dengue é um arbovírus da família Flaviviridae, possuindo quatro sorotipos diferentes: DENV-1; DENV-2; DENV-3 e DENV-4. Eles são diferenciados pela formação genética e molecular.

 

Roberto Laperriere Júnior informou ainda que o vírus passa pelas mutações para se adaptar ao ambiente e buscar hospedeiros. “Com a criação de imunidade ao vírus por parte do organismo dos seres humanos, o vírus acaba passando por mutações para se manter viável o tempo inteiro no ambiente e continuar com os hospedeiros”, disse.

 

Como prevenir

 

Para evitar a proliferação do Aedes aegypti, é necessário que cada cidadão se empenhe nesse processo, mantendo as calhas sempre limpas; as caixas d’água bem vedadas; verificando se não existe água acumulada nas lajes; escovando as bordas das vasilhas de água e comida de animais; descartando lixos, entulhos e pneus nos locais adequados, por exemplo.

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