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Resgatando Memórias, o livro. O desenrolar foi longo, mas a sua trajetória foi prazerosa/ Um povo com História não pode ser um povo sem Memória… Sou escritora, poeta e contista – Tel. (27) 999676975 – vaninhaschneider.68@gmail.com |
Por Giovana Schneider
Já moro em Marechal Floriano, desde a idade de dois anos. Mas fui morar na Rua Belarmino Pinto, quando tinha mais ou menos oito anos de idade. Ela não era calçada, todo ano sofríamos com as cheias do Rio Braço Sul, que é afluente do Rio Jucu. Teve um ano, que até uma lancha passou nesta rua, de tão alagada que estava. Sim, moro na mesma rua até hoje. Foram muitas aventuras, até bois e touros bravos passavam por ela, mas já é uma outra história.
Sempre tive a curiosidade de saber mais sobre a cidade de Marechal Floriano, do seu nome e como se formou. Mas a minha curiosidade maior era saber quem foi Belarmino Pinto, até imaginava que ele estava vivo, na minha concepção de criança, os nomes nas ruas, eram de pessoas vivas e não mortas. Sempre carreguei comigo a tal curiosidade, até cheguei a questionar com algumas pessoas na época, mas não obtive resposta.
Os anos passaram, a curiosidade continuou. A estação era outro interesse que tinha, lembro-me que falavam que o Marechal Floriano Peixoto, havia passado por aqui, e por isso o nome dele ficou na estação. Mais tarde fiquei sabendo que isso seria impossível, pois o mesmo havia morrido em 1895. A estação foi inaugurada em 1900.
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Rumores que envolve a estação. Existe uma história da placa de pedra que está: “MARECHAL FLORIANO”, que era para ser: “MARECHAL FLORIANO PEIXOTO”, mas parece que o tamanho da pedra não deu para ter o nome completo. Não se sabe ao certo, se a história é verdadeira, mas o fato é que nas reportagens de jornais da época (Cachoeirano, de 18/07/1897), dando o nome de estação Marechal Floriano Peixoto.
Aqui em Marechal residem boas histórias, e elas precisam ser escritas e conhecidas. Com o passar dos anos, tudo cai no esquecimento se não for registrado. Há um dizer dos antigos romanos: “verba volant; scripta manent”, que se traduz: “as palavras voam, aquilo que está escrito permanece”.
Jair Littig ele que com seu conhecimento, foi primordial para a realização deste resgate, me deu um norte. Depois, fui a procura de pessoas, e que alegria a minha, elas disponibilizaram recordações, fotos, documentos e depoimentos. O primeiro livro nasceu.
Minha curiosidade foi sanada, hoje sei um pouco da história do Berlarmino Pinto, que vou contar aqui numa outra oportunidade, e também de Marechal Floriano. Algumas memórias já se foram, infelizmente.
Quando era uma pequena menina
Que brincava nas ruas de Marechal Floriano
Na minha visão de criança, era tudo grande
Então, uma grande cidade
Com o passar do tempo as brincadeiras de criança ficaram para trás
Hoje na minha visão adulta, Marechal Floriano, se tornou pequena
Mas uma pequena cidade e de grande aconchego
Marechal Floriano tem o seu aconchego natural
Amo essa pequena e grande cidade.