Com uma bonita carreata, seguida de procissão, integrantes da Comunidade de São José, do distrito Santa Maria de Marechal, festejaram São Vendelino. Conhecido como “o santo dos campos e dos criadores de animais”, o seu dia é celebrado em 20 de outubro. A devoção ao santo foi trazida para o Brasil pelos imigrantes alemães.
Na última segunda-feira (19), várias pessoas da comunidade se reuniram na residência da família de Hilda Kröhling. Depois de uma bonita oração, a imagem seguiu em um carro aberto, enfeitado com ramos de café e muitas flores, até a Igreja de São José. No portão de entrada, a imagem de São Vendelino foi retirada do veículo e levada em procissão até o altar da igreja.
O padre Josemar Stein celebrou missa em honra ao santo. Durante a celebração, os participantes seguravam ramos de café, que foram abençoados. Ao final, foram benzidos os carros e outros veículos que os trabalhadores rurais usam para o trabalho na agricultura.
Em Santa Maria de Marechal, a primeira procissão e missa em honra ao santo aconteceu em outubro de 1951, segundo registros de livros da Igreja de São José. Naquela época, foi feita uma lista de homens e mulheres, em honra a são Vendelino, e pagou-se uma missa cantada. Em dezembro do mesmo ano, foi feita uma lista, pelas senhoras da comunidade, pela colheita do café.
Em 19 de março de 1953, o senhor Pedro Guilherme Christ fez o andor para São Vendelino. Ele recebeu 35 mil réis pelo trabalho. O frete da imagem do santo custou 20 mil réis. Em 12 de junho, foi paga a licença para benzer a imagem de São Vendelino ao então padre Leão. A gratificação foi de 20 mil réis. Todas essas informações foram divulgadas durante a missa, pela coordenadora da comunidade, Odete Ludovico Calvi. Os dados foram pesquisados em livros antigos de registros de Santa Maria.
São Vendelino é conhecido como o “Santo do Campo”. É o patrono dos lavradores e dos criadores de animais. Nascido na Escócia, Vendelino era um príncipe que optou por viver na simplicidade e na pobreza. Os alemães são muito devotos dele. Os imigrantes trouxeram essa tradição para o Brasil, que se mantém até os dias de hoje.