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| Quanto a minha posição de não criticar gestões anteriores, é que eu não faço nem velha, nem nova política. Eu faço boa política |
Por: Rael Sérgio/Clovis Rangel
Há três anos de gestão à frente da Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim, o prefeito Victor Coelho (PSB), fez um balanço da sua administração, durante uma entrevista concedida ao portal WWW.NOTICIACAPIXABA.COM.
Eleito com o compromisso de revolucionar a gestão municipal em todos os setores que viviam num verdadeiro abandono, o jovem prefeito Victor Coelho, juntamente com a sua equipe de apoio, vem sendo destaque na região pela postura coerente, formatação de projetos inovadores e execução das ações que impactaram diretamente, tanto na imagem do Executivo, quanto nos reflexos positivos na vida das pessoas e suas comunidades.
Victor Coelho, tem se mostrado um “Gestor” nato ao conseguir, com poucos recursos, fazer do município de Cachoeiro um “verdadeiro canteiro de obras”. Ele apenas sinalizou que poderá vir à reeleição, e se realmente confirmar, será conforme muitos dizem na cidade, um forte pré-candidato a ser batido.
Confira a entrevista:
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NC: O que se vê nas ruas é que você agradou e se tornou um excelente gestor público. Você pegou um município “sucateado”. Mesmo assim, nunca criticou adversário algum.
Quero desmitificar o que alguns adversários falam. Que eu só sou ator. Não desmerecendo a classe, da qual tenho orgulho de também fazer parte. Mas além de ser ator, sou empresário formado em Ciência da Computação especializado em Publicidade e Marketing e sempre trabalhei nas empresas da família. Fui diretor de uma emissora de rádio, fui diretor de um jornal, em agências da região. Muitos gostam de cozinhar, praticar esportes. Encarei o teatro de forma muito séria, tenho até registro profissional. A bagagem que essas experiências me trouxerem, inclusive o teatro, me fizeram crescer. Então, para colocar um ponto final nessa história, antes de ser ator, eu sou empresário. Qualifiquei-me para isso. Fico triste quando pessoas tentam me diminuir, por conta de uma profissão tão honrada, pois levo as duas profissões muito a sério.
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| A bagagem que o teatro me trouxe experiência da profissão que estou hoje, que é a de prefeito. Como falar em público, lidar com o público. Fico feliz pelo povo me escolher. Demos um tratamento mais profissional. Qualificamos o quadro de profissionais. |
Quanto a minha posição de não criticar gestões anteriores, é que eu não faço nem velha, nem nova política. Eu faço boa política. Foi essa minha decisão. Implementar um modelo de boa gestão, uma nova forma de dialogar com a população. Olhar olho no olho por enxergar que o município possui grande potencial. Por isso topamos esse cargo público. Queremos deixar esse legado, do qual é que o cachoeirense acredite na cidade, pois Cachoeiro possui um grande potencial.Tenho certeza que Cachoeiro vai se tornar um modelo de referência para o Brasil.
NC: Por falar em referência, Victor, nesses três anos de gestão você já conseguiu ajustar o município?
É tudo um processo de médio e longo prazo. São conquistas que eu não conseguiria até se eu me reelegesse. Não são quatro ou oito anos de uma gestão que vão fazer que a cidade recuperasse o “tempo perdido”. É um processo de muito tempo. Isso não depende só do gestor que passar pelo cargo. É preciso que os moradores abracem a cidade e mostrem para o prefeito onde estão as necessidades. Por isso é importante que a população participe dos debates, audiências públicas. Então essa atitude de participação é muito importante. Preocupo-me muito com isso, de deixar um legado onde a população participe mais da gestão pública.
NC: Victor, na última resposta você falou em reeleição. Então você é pré-candidato?
Depende. Falei de forma hipotética.
NC: Existe um projeto que é mudar Cachoeiro que virou uma referência. O Transforma Cachoeiro é ideia sua ou do grupo?
Vimos várias cidades realizarem isso em formatos diferentes. Então idealizamos junto à equipe de governo e outras cidades capixabas também implantaram. Quando a ideia é boa precisa ser replicado. Não reinventamos a roda. Então só aproximamos os serviços prestados para aqueles moradores que moram longe. Isso Vai além do “Dia D” onde sessenta serviços são prestados. Vamos dias antes com todo o nosso maquinário e damos um “tapa na beleza” da região. E é muito gratificante trazer esse modelo de ideia dando certo.
NC: A sua maior dificuldade é o lado burocrático?
O lado do burocrático às vezes impede nas entregas e prazos. Vou citar um exemplo: no dia 26 de dezembro de 2018, um dia após do Natal, fomos na comunidade do Gilson Carone apresentar o projeto para as obras de drenagem de pavimentação de 19 ruas da localidade, com quase R$ 6 milhões em investimentos. Anunciamos então para a comunidade e quase 8 meses depois demos a ordem de serviço. Um tempo muito grande. As pessoas começam a desacreditar. Isso que é o ruim na máquina pública. Mas adotamos diversas melhorias internas que aceleram esse processo. A maior dificuldade até então é a burocracia da máquina pública, além do financeiro, até mesmo porque estamos pegando financiamento privado.
NC: A prefeitura quer investir, mas se depara na lentidão dos trâmites. Não é isso?
Sim, é o que mais atrapalha a máquina pública. Mas é preciso que a população entenda de que tudo precisa de projeto. Tudo isso leva tempo. A máquina pública precisa ser morosa. É preciso que a população entenda e que todos tenham paciência. É preciso que os órgãos de controle tenham um olhar diferenciado para que as administrações sejam menos engessadas.
NC: Pelo PSB você é o “menino de ouro” para vir para reeleição, como lida com isso?
Eu me engrandeço tanto com as críticas, quanto com os elogios. Fico feliz pelo reconhecimento, mas o mais importante é focar na gestão mesmo atualmente estando no partido do governador. Meu partido se chama Cachoeiro de Itapemirim. Trabalhamos com foco muito mais administrativo na gestão do que político. Minha bandeira é Cachoeiro e vou trabalhar até o fim deste mandato neste lema. Queremos transformar Cachoeiro no papel do polo de desenvolvimento regional. Vamos conversar sobre reeleição lá na frente.
NC: O Alexandre é seu amigo. Há boatos nos bastidores políticos de quem iria para o DEM e de que ele poderia ser seu vice ou possível adversário. Explique-nos.
Já conversei com Alexandre, que tem uma carreira política brilhante. Fui mostrar para ele, eu que participei do conselho do meu irmão Glauber, o que isso pode gerar e ainda o disse: “Independentemente de suas escolhas, a política não pode separar a nossa amizade de décadas. Independente de tudo, a nossa amizade prevalece mesmo você venha contra ao meu partido”.
NC: Para finalizar, prefeito, qual mensagem quer deixar para os moradores?
Parafraseando o ministro Tarcísio: “Hoje me visto de duas formas. Uma de exorcista, para espantar toda a energia ruim contra a gestão. A outra de evangelista, para trazer boas novas”. Temos muitas coisas para entregar. Vem aí a Unidade de Saúde de Zumbi, Muro em Zumbi, Unidade de Saúde em Vila Rica, estamos na esperança de trazer o SAMU para Cachoeiro, de entregar a reforma do Centro de Saúde Bolívar de Abreu, conveniar com o Estado obras de asfalto nas principais vias, estamos quase finalizando os trâmites de financiamento que trará R$ 30 milhões para investimentos em infraestrutura nos bairros, vamos continuar intensificando os serviços de limpeza, iremos modernizar o sistema de iluminação pública e ainda melhorando o nosso rotativo. Quero deixar uma mensagem de otimismos para a população. Vem muita coisa boa por aí.
