sexta-feira,
06 de junho de 2025

Artigo/Opinião

Suicídio: Uma Questão de Saúde Pública que Exige Atenção e Diálogo

Por Giovana Schneider

O silêncio em torno do suicídio costuma ser tão ensurdecedor quanto seu impacto. Para muitos, a ideia do suicídio evoca imagens de uma escuridão inimaginável, um ato final nascido de uma luta interna insuportável. Por trás das estatísticas, realmente, escondem-se inúmeras histórias individuais de dor. Compreender o suicídio não significa glorificá-lo, mas sim reconhecer as profundezas do sofrimento humano e, mais importante, explorar como podemos promover ambientes de apoio, bem-estar mental e, em última análise, esperança para prevenir essas tragédias. 

Suicídio é uma palavra com imenso peso, evocando uma gama de emoções, desde tristeza e confusão até um apelo desesperado por respostas. É um lembrete contundente da fragilidade da saúde mental e da importância crucial do diálogo aberto. Longe de ser um sinal de fraqueza, a contemplação do suicídio frequentemente decorre de uma sensação avassaladora de desesperança e isolamento. Esta exploração busca examinar com compaixão a natureza multifacetada da ideação e do comportamento suicida, enfatizando que há ajuda disponível e que essas lutas, embora profundamente pessoais, não devem ser enfrentadas sozinho.

Foto internet divulgação 

Mitos Comuns:

“Quem fala em suicídio não o faz.” (MITO: É um pedido de ajuda!)

“Falar sobre suicídio incentiva.” (MITO: Falar de forma responsável e informada pode prevenir!)

“É falta de fé ou fraqueza de caráter.” (MITO: É uma questão de saúde mental que precisa de tratamento.)

Sinais Verbais:

Falar sobre querer morrer, desaparecer ou não ter mais propósito na vida. Expressar sentimentos de desesperança, desamparo ou que são um fardo para os outros. Despedidas, como “não vou estar por aqui por muito tempo”.

Sinais Comportamentais:

Isolamento social. Mudanças drásticas de humor ou comportamento. Perda de interesse em atividades antes prazerosas. Dificuldade para dormir ou excesso de sono. Descuido com a higiene pessoal ou aparência. Aumento do uso de álcool ou drogas. Doação de pertences ou organização de assuntos. Automutilação.

Sinais Emocionais:

Tristeza profunda, irritabilidade ou ansiedade persistente. Sentimento de culpa ou inutilidade.

Confira abaixo alguns fatores de risco para o suicídio:

Depressão ou outras doenças mentais. Tentativas anteriores. Luto recente. Dependência química ou alcoólica. Histórico de suicídio familiar Falta de vínculos sociais e familiares. Doenças terminais ou incapacitantes. Problemas escolares (como o bullying) ou laborais. Desemprego. Declínio social. Divórcio. Estresse.

Fonte: Internet

É PRECISO PRESTAR ATENÇÃO E NÃO BANALIZAR

Se você conhece alguém que está passando por um momento difícil e dá sinais de que pode estar pensando em acabar com o próprio sofrimento de uma forma grave, o que fazer? Primeiro, ouça com atenção e compreensão, dando espaço para que a pessoa possa se expressar sem ser julgada. Mostre que você se importa e que está ali para ajudar. Evite minimizar a dor dela com frases como “isso vai passar” ou “você tem tudo para ser feliz”. Incentive essa pessoa a procurar ajuda de profissionais de saúde mental, como psicólogos e psiquiatras, destacando a importância desse apoio.

Recursos e Onde buscar Ajuda:

Utilize o serviço do CVV: O Centro de Valorização da Vida (CVV) é uma entidade dá suporte emocional e atua na prevenção do suicídio. Se você sente que não tem a quem recorrer no momento da crise, contate o CVV e converse com um voluntário. O serviço funciona 24 horas por dia e pode ser feito por meio de chat na internet ou pelo telefone 188 (a ligação é gratuita e sigilosa). 

CAPS (Centros de Atenção Psicossocial): Unidades do SUS que oferecem atendimento e acompanhamento para pessoas com transtornos mentais. Emergências: Em casos de risco iminente, procurar o pronto-socorro ou ligar para o SAMU (192).

As pessoas são impactadas por esse fenômeno devastador, deixando um rastro de dor e luto, o tal “efeito cascata” — Quando alguém passa por isso, não afeta só a pessoa direta, mas também amigos, familiares e até pessoas que não conhecem, que acabam sofrendo indiretamente. É comum termos muitas dúvidas e sentir uma necessidade urgente de entender melhor o que acontece. Apesar de ser um tema muitas vezes escondido ou ignorado, sua abrangência é grande demais para que possamos fechar os olhos. Por isso, é importante que todos nós prestemos atenção e estejamos dispostos a enfrentar as questões complexas que levam alguém a um desespero tão profundo.

É importante entender a intensidade do sofrimento que as pessoas podem enfrentar e, mais do que isso, pensar em maneiras de criar ambientes onde elas se sintam apoiadas, com bem-estar mental e esperança. Assim, podemos ajudar a evitar que essas tragédias aconteçam. 

O GRITO TRISTE

O silêncio grita em mentes inquietas,

É a dor que fere o coração.

Mensagens são enviadas,

Mas não são lidas nem ouvidas.

A falta de empatia é geral,

Ninguém mais presta atenção.

Não enxergam nem ouvem,

E isso já faz muito tempo.

A indiferença prevalece

Nas ruas e guetos,

E maior ainda dentro dos lares.

Lá, quase não se reconhecem.

Cadê o sorriso sincero

E o ser que era bom de coração?

Não, isso não existe mais.

Virou artigo raro.

É triste, mas é verdade.

Olhares perdidos

Procurando abrigo,

E o grito triste

Permanece preso na garganta. 

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