Os anchietenses que apreciam a sétima arte ganharão mais uma opção cultural a partir deste mês, com o Projeto, Atiára Cineclube Itinerante. A sessão de estréia acontece nesta quarta-feira (25), às 19h, no Centro Cultural de Anchieta. A entrada é franca.
Com exibições mensais de curtas-metragens, todos os distritos do município irão receber o projeto que visa contribuir para o resgate da auto-estima, da motivação e da alegria, sendo também como mais uma opção de entretenimento para uma cidade que ainda sobre as conseqüências sociais e econômicas, devido a paralisação da Samarco Mineração.
O Atiára Cineclube Itinerante, que na língua indigena, quer dizer “Um fio de luz”, contará com oito apresentações sendo uma no Centro Cultural, Tiago Bezerra Leite, localizado na sede da cidade, nas comunidades de Mae-bá, São Mateus, Novo Horizonte, Limeira, Escola Família Agrícola em Olivânia, Duas Barras e no distrito de Alto Pongal.
“Posso dizer que o cineclube é uma oportunidade para criarmos espaços de discussão e por meio da arte cinematográfica tratarmos sobre diversos temas sócio-culturais, desde questões voltadas ao meio ambiente, o agroturismo, a cidadania e os direitos humanos, estimulando sempre a transformação do meio em que vivem”, explicou a coordenadora do projeto, Luziane de Souza.
O Atiára Cineclube Itinerante faz parte da seleção de projetos culturais 2017 da Secretaria de Estado da Cultura para desenvolvimento e manutenção de Cineclubismo no Espírito Santo.
Curtas:
Picolé, Pintinho e Pipa – 15 minutos – ficção
O carro do troca-troca está passando em sua rua: garrafa velha, bacia velha, panela velha, garrafão de vinho, o moço troca por Picolé, Pintinho e Pipa. Pedrinho, figura principal, cerca de 12 anos, Juquinha, seu irmão mais novo,e os amigos: Morcegão, Gargamel e Bebeco. Essas cinco crianças irão fazer de tudo para alcançar o carro do troca-troca antes que ele vá embora. O filme trata de temas como miséria, violência doméstica e alcoolismo.
Dique-quilombola – 13 minutos – documentário
Por meio de uma brincadeira, o filme destaca a conversa entre crianças capixabas, que têm raízes em comum, mas que pouco se conheciam até a realização do filme. De um lado, estão as crianças da comunidade quilombola São Cristóvão, localizada na região do Sapê do Norte. Do outro, estão meninos e meninas do morro São Benedito, em Vitória (ES). Os dois grupos desvelam o quanto a infância tem mais semelhanças do que diferenças.