terça-feira,
22 de abril de 2025

Saúde

Covid-19: mais de 14 milhões estão com segunda dose da vacina atrasada

Brasília

 

Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta que mais de 14 milhões de brasileiros estão com a segunda dose da vacina contra covid-19 em atraso de mais de 15 dias. A informação foi divulgada hoje (4) no segundo Boletim VigVac, produzido pela Fiocruz Bahia, com base em dados até 25 de outubro.

 

Os pesquisadores ressaltam que o número de pessoas com a dose em atraso de mais de 15 dias duplicou, entre 25 de setembro e 25 de outubro, saltando de cerca de 7 milhões para 14.097.777. Cerca de metade dos atrasados já deveria ter tomado a segunda dose há mais de 30 dias e 14% deles já perderam o prazo há mais de 90 dias.

 

A análise levou em conta apenas atrasos de mais de 15 dias por considerar o tempo de entrada das informações na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) e por entender que um tempo curto de atraso pode ocorrer por motivos de dificuldade de agendamento e indisponibilidade das pessoas para se vacinarem. Além disso, os pesquisadores ponderam que o risco individual não é elevado em um intervalo relativamente curto de demora na conclusão do esquema vacinal. 

 

Entre as vacinas utilizadas no Brasil, AstraZeneca, Coronavac e Pfizer requerem a aplicação da segunda dose para que a imunização seja considerada completa. O número de atrasos para a AstraZeneca é de 6.739.561; Coronavac, 4.800.920; e Pfizer, 2.557.296. Os dados do atraso na segunda dose podem ser consultados em um painel mantido pela Fiocruz Bahia.

 

Motivos

 

Os pesquisadores alertam que o atraso diagnosticado no sistema de informações do Ministério da Saúde pode ser justificado por diferentes razões, como a própria demora em buscar a segunda dose, a lentidão para registro na base de dados, o esgotamento e a sobrecarga das equipes de gestão, vigilância e atenção à saúde, a disseminação de notícias falsas sobre a imunização, a falta de estoque de reserva de imunizantes e mortalidade, dentre outros. 

 

Apesar dessa variedade de possibilidades, a pesquisa ressalta que os gestores de saúde devem fazer uma análise cuidadosa para identificar as causas mais prováveis do atraso em cada localidade. "Este diagnóstico será útil para orientar as ações de estímulo à população para completar o esquema vacinal", recomendam.

 

"É fundamental adotar estratégias para aumentar a adesão ao esquema vacinal completo, uma vez que os estudos sobre efetividade de vacinação têm demonstrado que a proteção contra infecção, hospitalização e morte é significativamente maior no grupo com esquema vacinal completo quando comparado com o grupo com apenas uma dose da vacina. Também foi mostrado que a proteção contra as novas variantes do Sars-CoV-2 é mais efetiva somente após duas doses da vacina."

 

Fonte: Agência Brasil

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site, e nos reservamos o direito de excluir. Não serão aceitos comentários que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal / familiar a qualquer pessoa.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Confira mais Notícias

Saúde

Presidente Kennedy promove campanha de combate à Tuberculose

Saúde

Dengue tipo 3: Entenda riscos da doença que voltou a ser registrada, e acende sinal de perigo e exige atenção redobrada

Saúde

Serviço de telemedicina começa neste mês a ser oferecido na rede municipal de Marataízes

Saúde

Prefeitura inicia processo para implantação da Telemedicina em Marechal

Saúde

Maior parte dos diagnósticos de câncer de próstata no ES foram em homens com menos de 70 anos de idade, aponta TCE

Saúde

Cadê a vacina? Fora dos holofotes, dengue já registra um total de 68.839 casos confirmados em todo ES

Saúde

Hospital filantrópico de Afonso Cláudio enfrenta grave crise financeira

Saúde

Lacen confirma circulação de Febre do Oropouche no ES