A Prefeitura de Vargem Alta, publicou na última sexta-feira (2), um decreto em que determina multa de R$ 147 a R$ 590 para quem desperdiçar água no município. A nascente usada para abastecer o Centro da cidade, Vargem Grande e outras duas comunidades locais, hoje, contém menos de cinco centímetros de água e a situação é de racionamento na região.
“A vazão de quando eu entrei no Saae, há 16 anos, era de 12 litros por segundo. Hoje, está com três. Então, são nove litros por segundo a menos dentro de 16 anos. É quase um litro por segundo, por ano”, falou o técnico do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) Fábio Bastos.
O técnico explicou que os níveis de chuva quase zerados é o que agrava a situação e leva alguns bairros a um estado crítico.
“Nós temos uma situação muito grave em Vila Esperança, nas partes mais altas de Vargem Alta, e nas partes mais altas de Jaciguá, onde estão sofrendo bastante com a falta d’água”, destacou.
A dona de casa Neuza Dalmazio mora em Vila Esperança e disse que, com a falta d’água, só dá para limpar a casa com a vassoura. “Tem faltado diariamente, mas esse período se alongou mais. Tem mais de um mês que a gente está sem uma gota de água na torneira para fazer as coisas”, contou.
Os comerciantes também reclamam dos prejuízos causados pela seca na região. “Na semana passada, faltou água um dia, e a gente precisou fechar o restaurante. Nesta semana, a gente conseguiu trabalhar até quarta-feira (31). Depois, ficamos fechados novamente, porque não tem água”, falou a gerente de um restaurante Suely Pedruzzi.
Para conseguir sobreviver, os moradores de Vila Esperança vai até uma bica pegar um pouco de a água potável que cai. “O tempo que eu levo, hoje, para encher um copo d’água, antes, eu enchia um galão de 20 litros”, falou uma moradora.
As informações são da TV Gazeta/Colaboração Notícia Capixaba