Foto: noticiacapixaba.com
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Redação
A Polícia Civil (PCES), por meio da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), prendeu um homem de 49 anos, alvo da Operação "RH", que investiga um esquema milionário de desvio de verbas na Irmandade Santa Casa de Misericórdia. O detido tinha mandado de prisão em aberto e era considerado foragido.
Ele se apresentou na sede da Deccor nessa terça-feira (28), acompanhado do advogado, e foi informado sobre o mandado de prisão preventiva. Antes de ser encaminhado para o Centro de Triagem de Viana (CTV), o detido prestou depoimento.
O homem trabalhava como construtor e, segundo as investigações, participou dos esquemas de desvio de verbas com o ex-gerente de Recursos Humanos da instituição, preso na última sexta-feira (24), pela Deccor. “Ele forneceu os próprios dados pessoais e bancários para receber valores e indicou outras três pessoas para servirem de funcionários fantasmas. A participação do construtor possibilitou o desvio de aproximadamente 160 mil reais”, explicou o titular da Deccor, delegado Janderson Lube.
Ao todo, a Operação "RH" investiga 15 pessoas suspeitas de participação nos esquemas. De segunda-feira (27) até esta quarta-feira (29), treze investigados foram ouvidos. O Inquérito Policial segue em andamento e apura crimes de estelionato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Reveja o caso:
A Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor), com o apoio da Delegacia de Polícia (DP) de Marechal Floriano deflagrou, na última sexta-feira (24), a Operação “RH”, que resultou na prisão de um homem de 36 anos, no distrito de Soído de Baixo, em Marechal Floriano.
As investigações apontam que o detido teria causado um prejuízo de aproximadamente R$ 1 milhão à Irmandade Santa Casa de Misericórdia, onde era gerente de Recursos Humanos. O esquema de desvio de verbas contava com três caminhos distintos: a inserção de gratificações a funcionários reais; a admissão de funcionários “fantasmas”; e o desvio de valores em espécie.
A operação RH ocorreu a partir de notícia apresentada pela Irmandade Santa Casa de Misericórdia, em setembro de 2020. A investigação contou com o apoio do Laboratório de Tecnologia contra a Lavagem de Dinheiro do Ministério Público Estadual (LAB-MPES).
Segundo os levantamentos, o desvio de dinheiro começou em 2019. Com a pandemia da Covid-19, o esquema passou a incluir os funcionários fantasmas. “Os funcionários fantasmas recebiam os valores e repassavam para o principal operador, que é o ex-funcionário do hospital. Ele era o gerente do RH, era de confiança e era responsável por admitir os funcionários, e por meio da função, ele conseguia inserir funcionários fantasmas, no início da pandemia. Colaborou para isso o fato de várias instituições aderirem ao trabalho remoto, e essa circunstância o proporcionou a realização desses crimes”, explicou o titular da Deccor, delegado Janderson Lube.
Para a contratação de funcionários fantasmas, o ex-gerente contou com o apoio de um morador de Marechal Floriano, que está foragido. O suspeito indicava os nomes das pessoas a serem contratadas como fantasmas. No total, 15 pessoas estão sendo investigadas por suspeita na participação nos esquemas. O Inquérito Policial segue em andamento e apura crimes de estelionato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.