domingo,
16 de fevereiro de 2025

Saúde

Queda de vacinação durante pandemia coloca crianças em risco, alerta Sesa

Foto: Agência Brasil

 

Redação

 

O Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis, da Secretaria da Saúde (Sesa), registrou, de janeiro a julho de 2020, uma redução de, aproximadamente, 20% na taxa de vacinação de rotina do Estado. 

 

A avaliação, mesmo que preliminar, acende uma luz amarela em relação à proteção da população. Os dados apontam que devido à pandemia do novo Coronavírus (Covid-19) muitas pessoas deixaram de procurar as Unidades Básicas para se imunizarem, trazendo impacto nas coberturas vacinais de rotina do Sistema Único de Saúde (SUS) capixaba, em especial às doses voltadas às crianças e adolescentes. 

 

“Junto à pandemia veio o medo pela contaminação e o distanciamento social. Entretanto, os serviços de vacinação continuam funcionando com todos os protocolos para garantir a segurança do paciente. É importante alertarmos aos pais e responsáveis que compareçam aos serviços e levem as crianças e adolescentes para colocar a caderneta de vacinação em dia e protegê-los das doenças imunopreveníveis, aquelas que podem ser evitadas por meio de vacinas”, alertou a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis, Danielle Grillo. 

 

Ainda segundo dados do Programa, nos primeiros sete meses do ano, as coberturas de rotina para as crianças estão em 81,06% para a vacina pentavalente; 78,59% para a tríplice viral; 77,11% para a pneumocócica e 73,02% para a poliomielite. A meta preconizada pelo Ministério da Saúde para essas doenças é de 95%. 

 

“A redução de quase 20% na taxa de vacinação no Espírito Santo é preocupante. Vale lembrar que a imunização é responsável pela eliminação de doenças no País, como a poliomielite, a rubéola e o controle de várias outras. É importante mantermos a vacinação em dia, a exemplo do cenário preocupante atual com 21 estados registrando casos confirmados do sarampo, para evitarmos a sua circulação”, explicou Danielle Grillo. 

 

Ela ainda destaca que, com a vacina em dia, diminui o risco também da possibilidade da ocorrência de doenças com potencial epidêmico, como as doenças meningocócicas, a difteria e a febre amarela. “A não percepção do risco dessas doenças faz com que as pessoas deixem de procurar pela vacinação. As vacinas conseguem impedir a circulação do seu agente causador da doença na população e, por isso, é fundamental que a vacinação atinja o maior número de pessoas possível”, disse.

 

Cartão de vacinação atualizado no ato da matrícula escolar é lei estadual

 

Com o objetivo de manter crianças e adolescentes imunes e atingir as metas preconizadas pelo Ministério da Saúde para a imunização das vacinas de rotina, desde 2018, no Espírito Santo, é obrigatória a apresentação do Cartão de Vacinação atualizado no ato da matrícula em escolas das Redes Pública e Privada, conforme prescrito na Lei Nº 10.913. 

 

“O objetivo é resguardar os direitos fundamentais das crianças e dos adolescentes, como a obrigação de promover a vacinação nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias, garantindo também a segurança desse público”, informou Danielle Grillo. 

 

Ainda segundo a lei, a matrícula poderá ser realizada sem a apresentação da Carteira de Vacinação, devendo a situação ser regularizada pelo responsável no prazo máximo de 30 dias, sob pena de comunicação imediata ao Conselho Tutelar para adoção das ações cabíveis. 

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site, e nos reservamos o direito de excluir. Não serão aceitos comentários que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal / familiar a qualquer pessoa.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Confira mais Notícias

Saúde

Prefeitura inicia processo para implantação da Telemedicina em Marechal

Saúde

Maior parte dos diagnósticos de câncer de próstata no ES foram em homens com menos de 70 anos de idade, aponta TCE

Saúde

Cadê a vacina? Fora dos holofotes, dengue já registra um total de 68.839 casos confirmados em todo ES

Saúde

Hospital filantrópico de Afonso Cláudio enfrenta grave crise financeira

Saúde

Lacen confirma circulação de Febre do Oropouche no ES

Saúde

“Cadê a vacina da dengue para todos”: Casos da doença já passam de 1,5 milhão no país

Saúde

Moradores denunciam a falta de fumacê devido aumento dos mosquitos “maruim e dengue”, em Vargem Alta

Saúde

Cadê a vacina: Clima, água parada e falhas do poder público causaram explosão de casos de dengue no Brasil