terça-feira,
22 de abril de 2025

Política

Hoje conseguimos uma extraordinária vitória para os capixabas, diz Lamas, após Ales aprovar proposta que acaba com radares ocultos em rodovias estaduais

Projeto do deputado Bruno Lamas barra a instalação de aparelhos escondidos, que serão substituídos por radares visíveis, que piscam, para dar mais transparência e evitar a “fábrica de multas” nas vias estaduais  – Foto: Cleberson Nascimento

 

A  Assembleia Legislativa aprovou hoje (13), por unanimidade, o Projeto de Lei 283/2021, do deputado estadual Bruno Lamas (PSB), que pede a troca, nas rodovias estaduais, dos radares ocultos, os chamados pardais, pelos instrumentos eletrônicos luminosos de medição de velocidade, conhecidos por radares luminosos, que piscam e exibem a velocidade do condutor com a quilometragem por hora do veículo em trânsito.

 

Hoje conseguimos uma extraordinária vitória para os capixabas. Radar oculto é fábrica de multas. A partir da aprovação da matéria de nossa autoria, só serão permitidos nas rodovias estaduais os radares visíveis aos motoristas. Aqueles que mostram a velocidade em que o veículo passou, respeitando um princípio constitucional: o da transparência”, afirmou Bruno. 

 

Para explicar de forma clara aos motoristas, Bruno fez questão de comparar como é hoje e como vai ficar, caso a proposta seja sancionada pelo governador Renato Casagrande (PSB).

 

“O que muda? Tira o radar oculto, aquele que é fábrica de multas, que não educa, e entra o radar visível, que vai dar transparência, educar e, também, punir quem infringir a legislação e passar numa velocidade acima da permitida”, explicou o deputado. 

 

Bruno frisou que a sua proposta “veda a instalação de radares ocultos, escondidos e criminosos nas rodovias estaduais, que serão substituídos por radares visíveis, aqueles que piscam”. Segundo ele, a fiscalização será feita da mesma forma, a velocidade será controlada, mas exercendo o princípio da transparência.

 

Para o parlamentar, “a instalação de radares ocultos denota claro objetivo arrecadatório, relegando ao segundo plano a função educativa”, uma vez que os aparelhos não são facilmente avistados pelos motoristas. Ao contrário, ficam em declives, atrás da vegetação. 

 

“Não estou defendendo a retirada de radar. Mas este aparelho, para cumprir o princípio da transparência, para funcionar como ele é pensado, ele tem de dar direito ao motorista ver a velocidade em que está passando na via. O que estamos vendo com o radar oculto é uma fábrica de multas”, reiterou o deputado.

 

E completou: “O condutor poderá visualizar o radar, bem como a velocidade permitida na via estadual. E, em caso de descumprimento, será imputada a ele a medida punitiva.”

 

Antes da proposta ir à votação, o presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos), chegou a interromper o relator na Comissão de Justiça, deputado Vandinho Leite (PSDB), para propor uma emenda oral à proposta de Bruno. 

 

A emenda teria a seguinte redação: “A troca dos radares ocultos pelos radares luminosos ocorrerá na seguinte proporção: 25% em até 60 dias; 25% em até 90 dias; e os outros 50% em até 180 dias da vigência da sanção da lei.” 

 

O deputado Torino Marques (PSL) também propôs que as pessoas que fossem multadas no período de mudança dos radares ocultos pelos luminosos tivessem suas multas anuladas e Rafael Favatto (Patriota) sugeriu placas informativas para avisar sobre a existência de fiscalização com radares móveis. Mas todas as propostas foram retiradas para que o projeto fosse votado da forma original, a pedido do próprio autor. 

 

A proposta, então, foi aprovada por unanimidade na Comissão de Justiça, mas, logo em seguida, o deputado Marcelo Santos (Podemos), à frente da Comissão de Mobilidade Urbana, requereu o prazo regimental.

 

 APELO 

 

Bruno, por sua vez, surpreendeu e fez um apelo público para que Marcelo relatasse a proposta. 

 

“Houve um esforço coletivo, com a retirada das emendas, e os ajustes foram feitos. Peço ao deputado Marcelo, que tem a prerrogativa, que acolha nossa solicitação de relatar a proposta”, insistiu Bruno, que teve o pedido deferido pelo colega de plenário. 

 

Marcelo avocou a proposta e deu parecer pela constitucionalidade na Comissão de Mobilidade Urbana. Mesmo caminho feito pelo deputado Alexandre Xambinho (PL), na Comissão de Finanças, uma vez que o deputado Eustáquio de Freitas (PSB), presidente do colegiado, estava ausente. 

 

No plenário, a proposta foi aprovada pelos demais colegas presentes da sua forma original. Bruno fez questão de agradecer. 

 

“Hoje é daqueles dias de reafirmar que as relações humanas são possíveis e que o espírito coletivo funciona. Obrigado a todos. Ganham os capixabas”, declarou. 

 

Marcos Garcia (PV) destacou a grandiosidade do projeto. 

 

“Estou muito honrado por votar um projeto de tamanha importância para a sociedade capixaba”, disse. 

 

Favatto agradeceu pela sensibilidade do deputado Bruno. 

 

“Estamos num estado ordeiro, mas a população já paga por uma gasolina com o preço absurdo de mais de R$ 7 o litro, paga pedágio e ainda tem de enfrentar um

radar escondido, atrás de uma moita. É um projeto acertado”, elogiou. 

 

Para Torino, o projeto é fundamental porque “quem trabalha escondido é bandido”. 

 

“Um radar não pode ficar escondido. Tem de ficar exposto. Quem ganha é o cidadão”, contou. 

 

Para Danilo Bahiense (sem partido), “o projeto de Bruno é muito bacana”. 

 

“No Direito Penal, se você passar a vigiar de forma escondida o criminoso isso é chamado flagrante preparado, e não é reconhecido pela Justiça. Então, parabenizo o autor”, concluiu o delegado.

 

Bruno finalizou ao dizer que “é uma vitória do parlamento capixaba, uma conquista para as pessoas, cidadania na veia e democracia sendo exercida”. 

 

“Nossa expectativa é de que, tão logo a lei possa ser sancionada, a empresa responsável faça a substituição dos radares ocultos pelos visíveis”, projetou.
 

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