![]() |
Espaço do leitor; Penha Chiesa é presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Vargem Alta (Sindiva) |
A origem da palavra servidor é para variar, bastante discriminatória. A escravidão que foi abolida pela Lei Aurea, na verdade ficou incubada e vem sendo alimentada desde então. Servidor – está ligado a servo e este a escravo, e a palavra servo no transcorrer dos séculos mudou para servidor, para designar funções leigas. Pesando ainda sobre estes o trabalho fumus da herança monárquica. Segundo Houaiss a origem latina desta palavra, é servitor que dizer servo ou servidor dos deuses.
Os últimos acontecimentos envolvendo servidores públicos na cidade de São Paulo ,no dia 14/03, deixa claro o nível de escravidão a que estão submetidos estas pessoas e todos os demais servidores públicos. Decisões unilaterais e sem chances de qualquer questionamento. Substituindo o tronco e a chibata, bombas de efeito moral e cassetetes. Sangue, muito sangue, continua a marcar a violência da escravidão. Os senhores absolutos impõem e os servos obrigatoriamente têm que aceitar, sob a condição de verem suas vidas caírem na mais absoluta e inacreditável situação de pré-miséria. Isto nos leva a refletir sobre a condição de vermos que essas pessoas fazem parte de um contexto, de uma massa que somente passa sem projetos para seus futuros, caminhando muito, dando mais que recebendo. Porque é assim a condição do servidor público, servir o público, o povo, a sociedade. Sendo a sociedade o seu maior compromisso. Esta mesma sociedade formada por um povo que finge fugir da ignorância, apesar de viverem perto dela.
Saber o que é capitalismo, socialismo, comunismo, democracia, é obrigação todos, estamos vivenciando um momento de suma importância para a preservação dos direitos dos servidores Públicos, que atualmente está sendo ditado por leis federais e pela vontade dos gestores, sem nenhum respeito, é hora de demonstrar coragem, tendo em vista que todos estes princípios políticos, estas engrenagens já estão em fase de total processo de enferrujamento, carecendo de novos rumos e de pessoas conceituadas para fazer florescer a Democracia, mas em solo fértil, tratado livre de pragas e ervas daninhas, de onde possa ter banido toda a corrupção . MAS ONDE ESTÁ O POVO? Trancados na condição de coagidos, ameaçados, acovardados, receosos de ficarem sem as atuais e precárias condições de sobreviver. Agora nos reportemos aos Município interioranos, onde o povo vive uma vida de gado, marcado pelo descaso, servidor público ignorado em seus direitos, total inversão deposições. O Município onde vivo, tem suas potencialidades, utilizadas apenas para preservação de emprego e de poder. Quando se ama onde vive-se basta um dia para mudar o rumo das coisas, com atitudes e ações convincentes. Porém, quanto aos servidores públicos, estes responsáveis por serviço público de qualidade vem sendo colocado em décimo plano.
O servidor público é responsável pelo crescimento e desenvolvimento do Município, mediante suas ações, visando atender as solicitações do cidadão sempre que possível e que deve se esforçar para fazê-lo, com disposição, desprendimento, profissionalismo, transparecia e principalmente com imparcialidade. Servidor público qualificado, capacitado e dedicado é o melhor investimento que o Município pode fazer, garantindo uma Gestão Pública eficiente e eficaz, trabalhando sempre em prol de um Município Melhor. Mas quando estes são ignorados em seus direitos e submetidos a tratamentos desiguais, submetidos a todo e qualquer tipo de descaso, o Município só tem a perder, porque a pior coisa é a desmotivação, acompanhada da necessidade de sobreviver.